FÉ E OBRAS

 

“Assim, também a fé, se não tiver obras, por si está morta” (Tiago 2.17). A Reforma Protestante foi um retorno à simplicidade e à pureza do cristianismo primitivo. Ao longo dos séculos muitas doutrinas espúrias foram adotadas pelos concílios eclesiásticos desfigurando quase que por completo a doutrina ensinada pelos apóstolos. Os reformadores não desejavam fundar uma nova igreja, antes, purificar a igreja na qual nasceram e serviam. Cinco pilares fundamentaram a Reforma: somente a escritura, somente a graça, somente a fé, somente Cristo e somente a Deus toda glória. Em virtude do embate contra a comercialização das indulgências, a doutrina da justificação somente pela fé recebeu grande destaque. Os reformadores nunca negaram a importância das obras, pelo contrário, sempre enfatizaram sua necessidade na vida do cristão como resultado da salvação realizada por Cristo Jesus. Podemos comparar a justificação pela fé à raiz de uma árvore, e as boas obras a seus frutos. Não somos salvos por termos em nós mesmos condições para cumprir a lei de Deus, antes, nossa obediência é fruto da ação regeneradora e santificadora do Espírito Santo. Quem tem a Cristo como seu Salvador também se submete à sua vontade e reconhece o seu senhorio. Ninguém pode afirmar que tem fé em Cristo e ao mesmo tempo vive dissolutamente no pecado. Extraído do livreto Cada Dia – 13/11/21