domingo, 30 de maio de 2021

E ninguém pôde aprender o cântico

    E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento  e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.Apocalipse 14.3

      Há cânticos que só podem ser aprendidos no vale da dor. Nenhuma arte pode ensiná-los; nenhum exercício vocal pode nos fazer cantá-los perfeitamente. Sua música está no coração. São cânticos que a lembrança nos traz, são da experiência pessoal. Trazem seu conteúdo da sombra do passado; sobem até as alturas nas asas do que passamos e aprendemos ontem.

      João diz que, mesmo no céu, haverá um cântico que só pode ser plenamente cantado pelos filhos da terra – o cântico da redenção. Sem dúvida é um cântico de triunfo, um cântico de vitória a Cristo, que nos libertou. Mas a consciência do triunfo virá pela lembrança das cadeias.

      Nenhum anjo ou arcanjo pode cantá-lo tão docemente como nós podemos. Para entoá-lo como nós, eles teriam de passar pelo nosso exílio, e isto não podem fazer. Ninguém pode aprendê-lo senão os filhos da Cruz.

      Por isso estamos recebendo do Pai uma aula de música. Estamos ensaiando para cantar no coro invisível. Há partes na sinfonia que ninguém pode executar, senão nós mesmos.

      Há acordes menores, que os anjos não sabem interpretar. Pode haver agudos na sinfonia, que estejam além da escala normal – agudos que só os anjos podem alcançar; mas há baixos que pertencem a nós, tons graves que só nós podemos alcançar.

      O Pai está-nos treinando, para a parte que os anjos não podem cantar; e a escola é o sofrimento. Muitos dizem que Ele envia os sofrimentos para provar-nos; não, Ele envia as dores para ensinar-nos e preparar-nos para o coro invisível.

      Sim, na noite da aflição está preparando o nosso cântico. No vale Ele está afinando a nossa voz. Na nuvem Ele está dando maior sonoridade aos acordes que devemos tocar. Na chuva Ele está suavizando a melodia. No frio Ele está moldando a expressão. Na transição brusca da esperança para o temor, Ele está aperfeiçoando a sonoridade.

      Não desprezemos a escola do sofrimento; ela nos dará uma parte única no cântico universal. – George Matheson  

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 30/05    

PAIS QUE PERDOAM OS FILHOS

 “O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés” (Lucas 15.22).

A parábola do Filho Pródigo tem como personagem principal o pai. Os dois filhos estão perdidos: um dentro de casa, o outro no país distante. Um representa os fariseus e o outro os publicanos e pecadores. O pródigo retorna e recebe o perdão do pai. O mais velho é confrontado pelo pai e não sabemos se ele se arrependeu de seu legalismo sem amor. Quero aqui destacar o perdão do pai a este filho que pediu antecipadamente sua herança e desperdiçou todos os seus bens vivendo dissolutamente

O filho era feliz inconscientemente na casa do pai, antes de partir para a terra distante. Era infeliz inconscientemente fora da casa do pai. Era infeliz conscientemente cuidando de porcos, mas, ao voltar para a casa do pai e receber o seu perdão, tornou-se feliz conscientemente. Esse pai é uma representação do próprio Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo.

Ele não imputou a nós as nossas transgressões. Ele nos perdoou completamente. Estávamos perdidos e fomos achados. Estávamos mortos e recebemos vida. Assim, também, os pais devem perdoar seus filhos, quando estes tropeçam e caem. Os pais devem restaurar seus filhos quando estes voltam arrependidos. Os pais devem dar aos filhos arrependidos uma nova chance de recomeçarem uma nova jornada. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 30/05/21

sábado, 29 de maio de 2021

DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO

 

“Pela recordação que guardo de tua fé... a mesma que...habitou em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e... também, em ti” (2 Timóteo 1.5).

A instrução religiosa precisa ser um legado dos pais para os filhos, de geração em geração. No caso de Timóteo, a mesma fé que habitou em sua avó passou para sua mãe e assim chegou até ele. Timóteo foi instruído nas sagradas letras desde a sua infância (2 Tm 3.15). Essas sagradas letras tornaram-no sábio para a salvação. A salvação está em Cristo e conhecemos a Cristo pelas Sagradas Escrituras. Elas são inspiradas por Deus e são úteis para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça (2 Tm 3.16).

Num tempo em que muitos pais são distraídos com outras coisas, o ensino bíblico dentro do lar é quase inexistente. 
Outros pais se limitam a levar seus filhos uma vez por semana à igreja, julgando que a educação cristã é dever da igreja. Há outros que nem isso fazem. Se quisermos ver as futuras gerações comprometidas com Deus, precisamos ensinar a Palavra aos nossos filhos, e isso desde a mais tenra idade.

Loide ensinou Eunice. Loide e Eunice ensinaram Timóteo. Timóteo aprendeu a Palavra e se tornou um pastor, um homem que buscou não seus interesses, mas os interesses de Cristo e de sua igreja. Que Deus nos ajude a ver nossos filhos sendo levantados nesta geração para serem vasos de honra e instrumentos de bênção na vida de seu povo. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 29/05/21

Tenho-vos chamado amigos

 Tenho-vos chamado amigos. João 15.15

      Houve, tempos atrás, um velho professor alemão cuja vida sempre impressionara sobremaneira os seus alunos. Um dia, alguns deles resolveram descobrir o segredo daquela vida. Então, um do grupo escondeu-se no escritório onde o professor costumava ficar à noite, antes de se recolher.

      Já era tarde, quando o professor chegou. Estava muito cansado, mas sentou-se e passou uma hora lendo a Bíblia. Depois abaixou a cabeça numa oração silenciosa. Finalmente, fechando o Livro dos livros, ele disse:

      “Bem, Senhor Jesus, nossa velha amizade continua como sempre”.

      Conhecê-LO é o que de melhor se pode obter na vida; e todo cristão deveria porfiar por manter sempre “a velha amizade” com Ele.

      A realidade da presença de Jesus na vida nos vem como resultado da oração a sós com Ele e do estudo pessoal da Bíblia, devocional e entranhável. Cristo Se torna mais real àquele que persiste em cultivar a Sua presença.  

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 29/05

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Não te deixarei ir

     Não te deixarei ir, se me não abençoares... E o abençoou ali. Gênesis 32.26,29

      Jacó obteve a vitória e a bênção, não pela luta, mas porque se agarrou. Sua coxa estava deslocada e ele não podia mais lutar. Contudo não largou o que lutava com ele. Impossibilitado de lutar, enlaçou com os braços o misterioso antagonista prendendo a ele seu corpo pesado e incapacitado, até que finalmente venceu.

      Não obteremos vitória na oração, enquanto não cessarmos, também, de lutar – rendendo a nossa própria vontade, lançando os braços e nos agarrando ao Pai, na fé que descansa.

      O que podemos nós, com a nossa debilidade humana, tomar à força, da mão do Onipotente? Podemos acaso arrancar bênçãos de Deus pela força? Nunca é a violência ou voluntariosidade que prevalece co Deus. Mas é o poderoso descansar na fé que obtém a bênção e a vitória. Não é quando pressionamos e impulsionamos nossa própria vontade, mas quando a humildade e a confiança se unem, dizendo: “Não se faça a minha vontade, mas a Tua”. Somos fortes com Deus, somente quando o nosso eu está conquistado e morto. Não é lutando, mas descansando, que obtemos a bênção. – J. R. Miller

      Eis uma ilustração tirada da vida de um servo de Deus. Charles H. Usher: “Meu filhinho estava muito doente. Os médicos tinham pouca esperança no seu caso. Eu havia empregado em seu favor todos os meus conhecimentos de oração, mas ele estava cada vez pior. Isto durou várias semanas.

      “Um dia, ao contemplá-lo no berço, vi que não iria viver, a menos que tivesse uma crise para melhor. Eu disse a Deus: ‘Ó Deus, tenho orado muito pelo meu filhinho mas ele não melhora; agora vou deixá-lo contigo, e vou orar por outras pessoas. Se é Teu querer, toma-o, eu escolho a Tua vontade - entrego-o inteiramente a Ti’.

      “Chamei minha esposa e contei-lhe o que havia feito. Ela chorou um pouco, mas entregou-o a Deus. Dali a dois dias um servo de Deus veio à nossa casa. Tinha estado muito interessado em nosso pequeno e orado muito por ele.

      “Disse-nos: ‘Deus me deu fé para crer que o menino vai sarar’ – vocês podem crer?”

      “Respondi: ‘Eu jê o entreguei a Deus, mas ainda posso ir falar com Deus sobre ele’. E fui. E em oração descobri que havia fé no meu coração com respeito ao seu restabelecimento. A partir daquele momento ele começou a melhorar. O fato de eu manter a minha própria vontade era o que estava impedindo a Deus de responder; e se eu retivesse, e não me dispusesse a rendê-la a Ele, penso que meu filho não estaria comigo hoje”.

      “Se queremos que Deus responda as nossas orações, precisamos estar preparados para seguir as pisadas de ‘nosso Pai Abraão’, ainda que seja ao monte do sacrifício”. (Romanos 4.12)   

        Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  28/05

PAIS QUE INVESTEM NOS FILHOS

 

“... mas criai-os na disciplina e
 na admoestação do Senhor” (Efésios 6.4).

Depois de dar uma ordem negativa aos pais, agora, Paulo dá quatro ordens positivas. A primeira é criar os filhos. A palavra criar significa nutrir física, emocional e espiritualmente.
Os filhos precisam mais do que de teto e de comida; precisam de proteção e de cuidado. A segunda ordem é criar na disciplina. A palavra disciplina traz a ideia de estabelecer limites.
Os filhos precisam saber que a quebra de princípios implica sofrer consequências. Filhos criados sem parâmetros ficam confusos e perdidos, tornam-se irresponsáveis e inconsequentes.

A terceira ordem é criar os filhos através de exortação verbal. A palavra admoestação traz a ideia do confronto das palavras. Os pais precisam educar os filhos corrigindo-os em seus erros e encorajando-os em seus acertos. Esse confronto verbal é absolutamente necessário para o desenvolvimento da maturidade espiritual dos filhos.

A última ordem é criar os filhos para o Senhor. Nossos filhos devem ser mais filhos de Deus do que nossos filhos. Não criamos nossos filhos apenas para a vida, mas para o Senhor. Devemos dar aos nossos filhos não apenas o melhor desta terra, mas, sobretudo, as riquezas do céu. Nossos filhos precisam estar debaixo da autoridade do Senhor. Só assim cumpriremos nossa missão como pais. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 28/05/21


quinta-feira, 27 de maio de 2021

NÃO PROVOQUEM SEUS FILHOS À IRA

 

“E vós, pais, não provoqueis
 vossos filhos à ira...” Efésios 6.4

Antes de dar uma ordem positiva aos pais, a Palavra de Deus os alerta acerca de um grande perigo: irritar os filhos. Filhos irados não estão abertos ao aprendizado. Mas, como os pais podem provocar os filhos à ira? Primeiro, quando são inconsistentes, falando uma coisa e fazendo outra. Há pais que exigem dos filhos aquilo que eles mesmos não praticam. Isso é irritante! Segundo, quando tratam o cônjuge com grosseria. Nada machuca mais os filhos do que ver os pais brigando e se agredindo mutuamente.

Terceiro, quando comparam um filho com o outro, para privilegiar um e prejudicar o outro. Quarto, quando exigem dos filhos o mesmo desempenho em vez de exigirem apenas o mesmo empenho. Quinto, quando não colocam limites para os filhos, deixando-os assim à sua própria sorte. Sexto, quando são rigorosos demais com os filhos, não equilibrando admoestação com encorajamento.

Sétimo, quando deixam de ajudar os filhos em suas necessidades, dando mais atenção ao trabalho, aos amigos e até mesmo ao lazer do que aos próprios filhos. Oitavo, quando não conversam com os filhos, deixando de ouvi-los e de orientá-los nas decisões mais importantes da vida. Nono, quando geram filhos sem compromisso de dar a eles sustentabilidade física, emocional e espiritual. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 27/05/21

Trazei-mos

 Trazei-mos . Mateus 14.18

      Talvez você esteja, neste momento, passando por necessidades, rodeado de dificuldades, e provações de toda espécie. Tudo isso são como vasilhas providenciadas por Deus para o Espírito Santo encher com bênçãos para a nossa vida. Se soubermos entendê-las, as circunstâncias adversas se tornarão em oportunidades para recebermos novas bênçãos e livramentos que não obteríamos de outra forma.

      Tragamos essas vasilhas a Deus. Estendamo-las com firmeza diante dEle em oração e fé. Permaneçamos quietos e não tentemos nos adiantar, até que Ele comece a operar. Não façamos nada sem que Ele mesmo nos mande fazer. Precisamos dar-lhe uma oportunidade de operar, e Ele certamente o fará. E as aflições que ameaçavam vencer-nos através do desânimo e da infelicidade, tornar-se-ão a oportunidade de Deus revelar Sua graça e glória em nossa vida, como nunca antes. “Trazei-mos (todas as vossas necessidades)”. – A. B. Simpson

      “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4.19).

      A fonte – “Deus”! O suprimento – “Sua riqueza em glória”! O canal – “Cristo Jesus”! Temos o privilégio de apresentar cada uma das nossas necessidades diante das riquezas da Sua graça e perdê-las de vista, em presença do suprimento. O inesgotável tesouro de Deus está a nossa disposição, com todo o amor do coração de Deus; podemos chegar ali e sacar, na simplicidade da fé, e nunca precisaremos buscar os recursos humanos ou depender do apoio de homens.    

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  27/05

quarta-feira, 26 de maio de 2021

PAIS QUE ENSINAM NO CAMINHO

 


Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22.6).

Este texto encerra verdades soleníssimas acerca do processo ensino-aprendizagem na família. É digno de nota que o escritor sagrado não diz que devemos ensinar à criança o caminho em que ela quer andar. Hoje, estamos vendo crianças mandando nos pais. Há pais que são reféns das crianças. Pais perdidos vivem à mercê de filhos mimados. Também, o texto não orienta ensinar a criança o caminho que ela deve andar. Ensinar o caminho é apontar a direção, mas sem compromisso com esse ensino. Não basta dizer aos filhos o que crer e o que fazer.

Por isso, o texto é claro: ensina a criança no caminho em que deve andar. Ensinar no caminho é servir de exemplo. 
É mostrar pelo exemplo. É fazer da criança um discípulo. É caminhar junto, servindo de paradigma. Os pais ensinam mais pelo exemplo do que pelas palavras. Nossas palavras não podem ser desfeitas pelo mau testemunho. Nossos filhos veem mais nossa conduta do que escutam nossos preceitos.

Quando ensinamos a criança no caminho em que ela deve andar, temos uma promessa segura: “ainda quando for velho, não se desviará dele”. Quando cumprimos a nossa parte, Deus mesmo empenha sua palavra em aplicar esse ensino no coração da criança. E vocês, pais, têm cumprido com fidelidade essa orientação da Palavra de Deus?

Extraído do livreto Cada Dia – 26/05/21

Brota ó poço

 

Brota ó poço! Entoai-lhe cânticos! Números 21.17

Eis um estranho cântico e um estranho poço. O povo tinha estado caminhando sobre o chão árido do deserto, sem nenhuma água à vista, e estava sedento. Então Deus falou a Moisés, dizendo:

Ajunta o povo e lhe darei água”. E foi assim que a água brotou.

Eles se reuniram em círculos, na areia tomando os seus bordões e cavaram fundo na terra ardente. E enquanto cavavam cantavam.

Brota, ó poço! Entoai-lhe cânticos”. E lá veio um som borbulhante, um brotar de água e uma corrente que encheu o poço e escorreu pelo chão.

Quando eles cavaram esse poço no deserto, tocaram o curso d’água que corria lá no fundo e alcançaram as torrentes que há muito estavam ocultas.

Como é bonita esta figura, que nos fala do rio de bênçãos que corre pela nossa vida e que temos apenas que alcançar pela e louvor, para termos supridas as nossas necessidades no mais árido deserto.

Como alcançaram eles as águas deste poço? Louvando. Cantaram sobre a areia o cântico de fé, enquanto, com o bordão da promessa, cavavam.

O louvor ainda hoje pode abrir fontes no deserto, sendo que a murmuração só nos trará juízo, e às vezes a própria oração pode falhar em alcançar as fontes de bênção.

Nada agrada tanto o Senhor como o louvor. Não há prova de fé tão verdadeira como a graça da gratidão. Será que estamos realmente louvando a Deus? Estamos dando graças por Suas bênçãos presentes, que são mais do que se pode contar, e será que O louvamos até mesmo por aquelas provações, que não passam de bênçãos disfarçadas? Acaso já aprendemos a louvá-LO de antemão pelas coisas que ainda não vieram? – Selecionado

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 26/05

terça-feira, 25 de maio de 2021

FILHOS QUE ANDAM NA VERDADE

 


Não tenho maior alegria do que esta, a de
 ouvir que meus filhos andam na verdade” (3 João v. 4).

O apóstolo João escreveu cinco dos vinte e sete livros do Novo Testamento: o evangelho, as três epístolas e o livro de Apocalipse. A verdade sempre foi um dos temas principais abordados pelo velho apóstolo. Para João, o próprio Jesus é a verdade (Jo 14.6). Ele também afirmou que a Palavra de Deus é a verdade (Jo 17.17). Quando João escreveu sua terceira epístola, todos os outros apóstolos já estavam mortos e mortos pelo viés do martírio.

Eram tempos difíceis, de atroz perseguição aos cristãos. Muitos eram crucificados e queimados vivos por causa de sua fé. Andar na verdade era colocar a cabeça a prêmio. É nesse contexto que João escreve que nada lhe dava maior alegria do que saber que seus filhos na fé andavam na verdade. Certamente, andar de acordo com a verdade naquele tempo não era receber aplausos, mas enfrentar perigos. Era andar na verdade apesar de o mundo estar mergulhado na escuridão lôbrega da mentira.

Andar na verdade significava professar a Cristo, e aqueles que confessavam a Cristo eram considerados inimigos do Estado. Oh, que Deus nos dê filhos espirituais que não se acovardem diante das perseguições do mundo nem se curvem à apostasia dos últimos tempos. Que nossos filhos sejam plenos da verdade e proclamadores dela aos ouvidos desta geração.

Extraído do livreto Cada Dia – 25/05/21

Tudo suporto

 

Tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação... com eterna glória. Timóteo 2.10

Se Jó, sentado na cinza, remoendo em seu coração aquele problema da providência de Deus, tivesse entendido que, na aflição por que passava, ele estava dando a contribuição que um homem pode dar para esclarecer para o mundo o problema do sofrimento, sua atitude teria sido outra. Nenhum homem vive para si. A vida de Jó é a sua vida e a minha, num contexto mais ampliado. Embora não saibamos que nos esperam aflições, podemos crer que, assim como os dias que Jó lutou contra o sofrimento foram os únicos que o tornaram digno de lembrança, e, não fora por eles, seu nome nunca teria sido registrado no Livro, assim os dias nos quais lutamos, sem encontrar uma saída, mas sempre firmes na luz, serão os mais significativos que iremos viver. – Robert Collyer

Quem ignora que os nossos dias mais tristes contam-se entre os melhores? Quando o rosto se abre em sorrisos vivemos dias alegres em prados floridos, o coração, muitas vezes, está correndo para a dissipação.

A pessoa que está sempre alegre e descuidada não vive a vida de maneira profunda. Ela tem a sua parte e sente-se satisfeita com o seu quinhão seja este muito pequeno. O coração, porém, não cresce; e aquele ser que poderia se desenvolver grandemente, permanece fechado. Na realidade, aquela vida chega ao seu fim sem ter conhecido a ressonância das cordas mais profundas da verdadeira alegria.

Bem-aventurados os que choram”. As estrelas brilham mais, nas noites longas e escuras do inverno. A genciana ostenta a sua mais exuberante floração, entre as alturas quase inacessíveis de neve e gelo.

As promessas de Deus parecem esperar pela pressão da dor, para serem como que espremidas num lagar, e assim deixar sair o suco mais rico. Só os que passam pela dor conhecem como é cheio de compaixão o “Homem de Dores”. – Selecionado

Talvez você tenha conhecido poucos dias de sol, mas saiba que as longas horas de sombra lhe foram repartidas com sabedoria; talvez um tempo de verão mais prolongado tivesse feito de você uma terra crestada e um deserto infrutífero. O seu Senhor sabe melhor, e Ele tem as nuvens e o sol à Sua disposição. – Selecionado

O dia está cinzento”. “Sim, mas você não vê no céu uma nesga azul?” – Scotch Shoemaker

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 25/05

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Sara concebeu e deu à luz

 Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão na sua velhice, no tempo determinado, de que Deus lhe falara. Gênesis 21.2

          “O conselho do Senhor dura para sempre, os desígnios do seu coração por todas as gerações” (Salmo 33.11). Mas nós precisamos estar preparados para esperar o tempo de Deus. Deus tem Seus tempos determinados. Não cabe a nós conhecê-los; na verdade, não podemos conhecê-los; precisamos esperar por eles.

          Se Deus tivesse dito a Abraão em Harã que ele precisaria esperar trinta anos até poder abraçar a criança prometida, seu ânimo teria desfalecido. Assim, com o desvelo do amor, Deus ocultou-lhe a longura dos anos exaustivos, e só quando já estavam prestes a acabar-se e havia apenas alguns meses a esperar, é que Deus lhe falou: “... daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho” (Gênesis 18.14).

          Finalmente chegou o tempo determinado; então o riso que encheu o lar do patriarca fez o idoso casal esquecer-se da longa vigília.

          Aquele que espera no Senhor, anime-se, pois espera por Alguém que não o pode desapontar; e que não Se atrasará cinco minutos do momento determinado; mais um pouco, e a sua tristeza será transformada em regozijo.

          Como seremos felizes quando Deus nos fizer sorrir! Então a tristeza e o pranto fugirão para sempre, como as trevas diante da aurora. – Selecionado 

          Não compete a nós, passageiros, nos preocuparmos com o mapa e a bússola. Deixemos o hábil Piloto cuidar do Seu próprio trabalho. – Haal 

          “Há coisas que não podem ser feitas num dia. Deus não faz a glória de um pôr-do-sol num momento, mas pode levar vários dias juntando as névoas com que formará os belos palácios do ocaso.”

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 24/05

FILHOS QUE HONRAM OS PAIS

 

“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois
isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe...” (Efésios 6.1,2).

O apóstolo Paulo, depois de falar sobre o papel da mulher e do marido, passa, agora, a falar sobre a responsabilidade dos filhos em relação aos pais. Em Efésios 6.1-3 há duas ordenanças e duas promessas. Quais são as ordenanças? Primeira, os filhos devem obedecer aos pais no Senhor. Isso é justo e agradável aos olhos de Deus. A segunda ordenança é que os filhos devem honrar pai e mãe. Honrar é mais do que obedecer.

É possível obedecer sem honrar. Esse fato foi representado pelo filho mais velho na parábola do Filho Pródigo. Honrar significa obedecer com alegria e ter mais deleite nos pais do que nos benefícios recebidos deles. Quais são as promessas feitas aos filhos que obedecem e honram aos pais? Primeira, vida bem-sucedida. Ao obedecer e honrar os pais, os filhos fecham muitas portas perigosas e abrem muitas janelas para grandes oportunidades na vida. Evitam problemas e pavimentam o caminho da prosperidade.

A segunda promessa é vida longeva. Os filhos que obedecem e honram seus pais têm vida dilatada sobre a terra. Vivem bem e vivem mais. Têm qualidade e quantidade. São prósperos e longevos. E vocês, filhos, têm obedecido e honrado a seus pais? Têm sido motivo de alegria para eles? Têm suprido suas necessidades e cuidado deles na sua velhice? 

Extraído do livreto Cada Dia  – 24/05/21


domingo, 23 de maio de 2021

FILHOS AO REDOR DA MESA

 “... teus filhos, como rebentos da
 oliveira, à roda da tua mesa” (Salmo 128.3).

Os salmos 127 e 128 falam da família em quatro estágios: casamento, filhos pequenos, filhos criados e a chegada dos netos. O casamento precisa ser edificado por Deus. Os filhos devem ser recebidos como herança. Quando os filhos crescem, a família continua unida ao redor da mesa. Quando os netos chegam, os avós são coroados. Vamos destacar essa terceira fase, a família ao redor da mesa.

A mesa é mais do que um mobiliário na casa; é um emblema de comunhão. Estar ao redor da mesa significa ter acessibilidade; implica em olhar nos olhos, dialogar, compartilhar as alegrias e as lutas, alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram. A família reunida ao redor da mesa traz a ideia de amizade e companheirismo. É no lar que somos amados por quem somos e não apenas por nossas conquistas e realizações. É no aconchego da família que podemos ser aceitos não apenas pelo nosso sucesso, mas apesar do nosso fracasso.

A mesa deve ser colocada em seu devido lugar. É hora de investir nos filhos! É hora de cultivar a comunhão no lar! É hora de desenvolver relacionamentos saudáveis debaixo do nosso teto. É hora de a família desligar um pouco seus Smartfones, onde os relacionamentos são apenas virtuais, e aprofundar os relacionamentos reais, dentro de casa. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 23/05/21

perderam todo tino

"... perderam todo tino.Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor e Ele os livrou das suas tribulações. Salmo 107.27,28

Ó vem depor o teu cuidado
Sobre o Salvador.
Por que seguir assim
cansado?
Crê no Seu amor.

Jesus não quebra a 
frágil vara
Que ferida está:
O que manqueja, 
o Mestre sara.
E o confirmará.

A leve chama que
 estremece,
Não irá apagar:
 

Com o fogo Seu, 
o que enfraquece
Quer Jesus tocar.

Jesus é quem repara as brechas
Que o pecado faz.
Apara do inimigo as flechas;
Dá vitória e paz.

Se Deus permite em sua vida
Provas de aflição,
A Sua própria mão ferida
Traz consolação!

Assim, entrega o teu caminho
A teu Salvador!
Jamais te deixará sozinho,
Crê no Seu amor. -  H. E. A. 

      Não desanime; pode ser que a última chave do molho é que vá abrir a porta. – Stansifer

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  23/05

sábado, 22 de maio de 2021

FILHOS COMO FLECHAS

 

“Como flechas na mão do guerreiro,
 assim os filhos da mocidade” (Salmo 127.4).

Os filhos são herança de Deus. Os pais os recebem para cuidar deles e educá-los nos caminhos do Senhor, mas eles pertencem ao Senhor. Os pais os recebem como recebem uma herança, para cultivá-la em vez de a perder. Por isso, o salmista compara os filhos com flechas nas mãos do guerreiro. O que essa figura sugere?

Primeiro, o guerreiro carrega suas flechas nas costas. Ele não terceiriza esse trabalho. A mãe carrega os filhos no ventre. Os pais carregam os filhos no coração, nos braços e no bolso. Não é biblicamente defensável os pais colocarem filhos no mundo sem poder cuidar deles. A Bíblia ensina a paternidade responsável. Cada guerreiro deve cuidar de suas flechas.

Segundo, o guerreiro carrega as flechas para lançá-las para longe. Os pais preparam os filhos para a vida. Não criam os filhos para si mesmos. O papel dos pais é inculcar nos filhos os valores eternos, ensiná-los a verdade e conduzi-los pelas veredas da justiça e depois lançá-los. Terceiro, o guerreiro lança suas flechas no alvo certo. O guerreiro não desperdiça suas flechas. Assim são os pais. Eles criam os filhos para a glória de Deus. Eles preparam os filhos para o casamento. Eles educam os filhos para que estes transmitam às gerações vindouras os mesmos valores e princípios. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 22/05/21


Ele trabalha

 Ele trabalha.  Salmo 37.5

      A tradução de Young, do versículo: “Entrega o teu caminho ao senhor, confia nEle, e o mais Ele fará”, diz: “Deixa rolar sobre Jeová o teu caminho, confia nEle, e Ele trabalha”.

      A tradução chama a nossa atenção para a imediata ação de Deus quando verdadeiramente entregamos, ou fazemos rolar das nossas mãos para as dEle, o fardo, seja ele qual for: o sofrimento, a dificuldade, as necessidades materiais, ou a ansiedade pela conversão de algum ente querido.

      “Ele trabalha”. Quando? Agora. É tão fácil adiarmos o momento de crer que Ele toma nas mãos imediatamente o que Lhe confiamos, e que Ele toma para Si executar aquilo que Lhe entregamos – em vez de afirmarmos no ato da entrega: “Ele trabalha”, “Ele trabalha” agora mesmo; e o louvarmos por ser assim.

      A nossa atitude de expectativa e confiança libera a operação do Espírito Santo no problema que Lhe entregamos. A questão fica fora do nosso alcance. Deixemos de tentar resolvê-la. “Ele trabalha!”.

      Este fato deve confortar-nos; não precisamos mais nos preocupar, quando a questão já foi entregue em Suas mãos. Oh, que alívio isso nos traz! Ele está realmente operando naquela dificuldade.

      Mas, talvez alguém diga: “Eu não vejo os resultados”. Não faz mal. Se entregamos o assunto a Ele e olhamos para Jesus esperando que Ele opere, “Ele trabalha”. A fé pode ser provada, mas “Ele trabalha”; a Palavra é segura. – V. H. F.

      “Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa”. (Salmo 57.2).

      Uma tradução antiga diz: “Ele executará o que eu tenho pela frente”. Esta expressão torna o verso bem significativo para nós. Exatamente aquilo que “eu tenho pela frente” – as dificuldades que encontro no meu dia de trabalho: aquele assunto que não sou capaz de resolver, ou a responsabilidade que assumi sem avaliar bem as minhas limitações – isto é o que posso pedir que Ele faça “para mim”, e então descansar, seguro de que Ele o fará. “Os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus”. – Havergal 

      O Senhor cumprirá até o fim os compromissos assumidos nas promessas que nos faz. O que quer que Ele tome nas mãos, Ele executará; assim, as misericórdias passadas são garantias para o futuro, e são razões verdadeiras para continuarmos a clamar a Ele. – C. H. Spurgeon  

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 22/05    

sexta-feira, 21 de maio de 2021

FILHOS CONVERTIDOS AOS PAIS

 

Ele converterá [...] o coração dos filhos aos seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Malaquias 4.6).

Tendo examinado o que significa pais convertidos aos seus filhos, veremos, agora, o que significa filhos convertidos a seus pais. Se cabe aos pais não provocar seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina e na admoestação do Senhor, é responsabilidade dos filhos obedecer aos pais no Senhor e honrar pai e mãe. Este é o primeiro mandamento com promessas. Filhos obedientes recebem de Deus a promessa de longevidade e também de bem-aventurança. Mas o que significa filhos convertidos a seus pais?

Primeiro, significa que os filhos deixam de ser rebeldes e desobedientes aos pais para acatar seus ensinos. Segundo, significa que os filhos honram os pais, reconhecendo-os como autoridades constituídas por Deus sobre eles. Terceiro, significa que os filhos se tornam motivo de alegria para seus pais e não motivo de tristeza e dor. Quarto, significa que os filhos, que foram cuidados por seus pais, oportunamente, cuidarão deles na velhice e jamais os desampararão.

Quinto, significa que irão transmitir também a seus filhos o legado espiritual que receberam dos pais. Em uma família onde os pais são convertidos aos seus filhos e os filhos são convertidos aos seus pais, não reina maldição, mas bênção. Essa família se torna uma fonte de bênção para a igreja e para o mundo.

Extraído do livreto Cada Dia – 21/05/21

De noite chamei

 


De noite chamei à lembrança o meu cântico. Salmo 77.6

Li em algum lugar, de um passarinho que não canta o que o dono deseja, se a sua gaiola estiver em plena claridade. Aprende um trechinho disto, outro daquilo, mas nunca uma melodia inteira, até que a gaiola seja coberta e impedidos ali os raios da manhã.

Muitas pessoas nunca aprendem a cantar, até que as sombras caiam sobre a sua vida. O lendário rouxinol canta comprimindo o peito contra um espinho. O cântico dos anjos foi ouvido à noite. Foi à meia-noite que veio o grito: “Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro”.

É realmente difícil acreditar que alguém possa conhecer como o amor de Deus é rico e completo para satisfazer e consolar, se o céu da sua vida nunca se escureceu.

A luz surge nas trevas, a manhã surge do seio da noite.

Numa de suas cartas, James Creelman descreveu sua viagem através dos estados dos Bálcans à procura de Natalie, a rainha exilada da Sérbia.

Nessa memorável viagem”, diz ele, “fiquei sabendo que o suprimento de essência de rosas para o mundo vem das montanhas dos Bálcans. E o que mais me interessou”, continua ele, “é que as rosas precisam ser colhidas nas horas mais escutas. Os colhedores começam a apanhá-las à uma da madrugada e param às duas.

A princípio pareceu-me uma refinada superstição; mas investiguei o pitoresco mistério e aprendi que testes científicos haviam provado que na realidade quarenta por cento da fragrância das rosas desaparecia com a luz do dia”.

E na vida e cultura do homem isto não é um conceito imaginoso ou fantasioso; é um fato. – Malcolm J. McLeod

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 21/05

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Não beberei

     Não beberei, porventura,  o cálice que o Pai me deu?  João 18.11

     Deus gasta muito mais tempo conosco, e tem muito mais interesse por nós, do que o artista para com sua obra, pois Ele quer trazer-nos, através de vários sofrimentos e muitas circunstâncias adversas, à forma que aos Seus olhos é a mais elevada e nobre – e isto se apenas recebermos de Suas mãos a mirra, com um espírito reto.

     Mas se rejeitarmos o cálice e escondermos os sentimentos errados não os trazemos à cura, o dano que fazemos a nós mesmos é irreparável. 

Pois ninguém é capaz de sondar com que desvelo de amor Deus nos dá a mirra a beber; no entanto, isto que deveríamos receber para o nosso próprio bem, muitas vezes deixamos passar de nós, num cochilo indiferente; e nada obtemos dali.

     Então chegamos e nos queixamos: “Ah, Senhor, estou tão seco, e tudo é escuro dentro de mim”. Eu lhe digo, amado filho de Deus: abra o seu coração à dor, e ela lhe fará mais bem do se você estivesse cheio de emoções e devoção. – Tauler

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 20/05

PAIS CONVERTIDOS AOS FILHOS

“Ele converterá o coração
 dos pais aos filhos... (Malaquias 4.6)

O Antigo Testamento termina seu relato anunciando o precursor do Messias. Era sua missão “converter o coração dos pais aos filhos”. A restauração começa dentro de casa, no relacionamento entre pais e filhos. Mas o que é um pai convertido aos seus filhos? Primeiro, pais convertidos aos seus filhos têm tempo para orar por eles e não desistem de orar até ver um sinal do favor de Deus na vida dos filhos. Segundo, pais convertidos aos seus filhos pregam para eles o evangelho e não descansam até vê-los convertidos.

Terceiro, pais convertidos aos seus filhos vivem de tal maneira que os filhos podem ver o poder do evangelho na vida dos pais. Quarto, pais convertidos aos seus filhos não os provocam à ira nem os tratam com amargura, a fim de que fiquem desanimados. Quinto, pais convertidos aos seus filhos, criam-nos na disciplina e na admoestação do Senhor. Sexto, pais convertidos aos seus filhos estabelecem limites para eles e não afrouxam suas mãos na disciplina deles.

Sétimo, pais convertidos aos seus filhos temperam advertência com encorajamento. A maior necessidade da igreja é de famílias saudáveis. A maior contribuição que podemos oferecer à nossa Pátria é criar filhos que amem a Deus e ao próximo, sendo bons crentes e exemplares cidadãos. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 20/05/21

quarta-feira, 19 de maio de 2021

CORRIDA DE REVEZAMENTO

 

“...o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração...” (Salmo 78.3,4).

Nós estamos numa maratona, numa corrida de revezamento. Precisamos passar o bastão do Evangelho para a próxima geração. Se falharmos nesse processo, teremos fracassado rotundamente. O que ouvimos e aprendemos não podemos reter para nós mesmos. Não somos apenas um receptáculo da mensagem, mas sobretudo, um canal. Fomos alcançados para alcançarmos outros. Nosso primeiro compromisso é proclamar o Evangelho dentro da nossa casa, para os nossos próprios filhos, a fim de que a geração vindoura conheça o Senhor.

É digno de nota que a geração que saiu do Egito morreu no deserto. A segunda geração, que nasceu no deserto, entrou na Terra Prometida. A terceira geração, que nasceu na Terra Prometida, não conhecia mais o Senhor. Os pais falharam em transmitir aos seus filhos a sua fé e o resultado foi uma apostasia generalizada. O que significa estar em Canaã se Deus não é mais adorado? O que significa prosperidade se os bens não são usados para a glória de Deus?

Oh, que Deus nos desperte para criarmos nossos filhos nas veredas da justiça. Que jamais outras coisas, por mais excelentes, ocupem o lugar indisputável do Evangelho em nossa casa. Que nossos filhos sejam instruídos na verdade e que as futuras gerações sejam mais crentes do que a nossa geração. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 19/05/21

E sucedeu que

      E sucedeu que, antes que ele acabasse de falar... E, disse: Bendito seja o Senhor... que não retirou a sua benignidade e a sua verdade de meu Senhor. Gênesis 24.15,27

      Toda oração correta é respondida antes já de ser terminada – antes que acabemos de falar. Isto porque Deus já nos deu a Sua Palavra de que o que pedíssemos em nome de Cristo (isto é, em unidade com Cristo e Sua vontade) e com fé, seria feito.

      Como a Palavra de Deus não pode falhar, toda vez que são preenchidas aquelas simples condições, a resposta à nossa oração já foi concedida e consumada no Céu enquanto oramos, embora a manifestação na terra possa ocorrer tempos depois.

      Por isso, devemos terminar cada oração com louvor a Deus pela resposta que Ele já deu; Ele nunca Se esquece de Sua benignidade e verdade (Daniel 9.20-27 e 10.12). – Messages for the Morning Watch 

      Quando cremos que uma bênção nos foi concedida no Céu, devemos ter uma atitude de fé, e começar a agir e orar como já tendo a bênção. Devemos tratar com Deus como tendo Ele já nos atendido, descansando nEle todo o nosso fardo, sabendo que a bênção já é nossa, e virá. Esta é a atitude de confiança.

      Quando uma moça se casa, ela passa imediatamente para um novo estado e age de acordo com a sua nova situação; e assim, quando tomamos a Cristo como nosso Salvador, como nosso Santificador, como Aquele que nos sara, ou como nosso Libertador, Ele espera que entremos na atitude de reconhecê-LO como tal, especificamente, e que esperemos dEle aquilo que cremos que Ele é para nós. - Selecionado    

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 19/05

terça-feira, 18 de maio de 2021

PAIS QUE ENSINAM OS FILHOS

 


Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu 
coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás...” (Deuteronômio 6.6,7).

A educação cristã começa em casa. O papel de educar os filhos não é do Estado nem mesmo prioritariamente da igreja, mas dos pais. Os pais são os primeiros e os mais importantes mestres dos filhos. Cabe-lhes a responsabilidade de transmitir aos filhos as verdades eternas. Porém, o ensino eficaz não é feito apenas transmitindo conceitos, mas fundamentando-os com exemplo.
O exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única forma eficaz de fazê-lo.

Os pais precisam amar a Deus de todo o coração. Só depois estão aptos a ensinar os filhos a amarem a Deus. Os filhos nos observam mais do que nos escutam. Nossas palavras só encontram guarida no coração dos filhos quando eles veem exemplo em nós. O ensino precisa ser perseverante, a fim de inculcá-lo aos filhos. Precisa ser dinâmico, realizado em todos os momentos e em todas as circunstâncias da vida. Precisa ser criativo, com recursos visuais oportunos.

Pais que amam ao Senhor abrem largas avenidas para seus filhos também amarem ao Senhor. Pais comprometidos em semear na vida dos filhos a bendita semente da verdade, colhem abundantemente os doces frutos dessa semeadura. E vocês, pais, têm ensinado seus filhos, com fidelidade, a Palavra de Deus? Seus filhos veem em vocês o exemplo daquilo que ensinam?

Extraído do livreto Cada Dia – 18/05/21

segunda-feira, 17 de maio de 2021

PAIS QUE ORAM PELOS FILHOS

 

“...chamava Jó a seus filhos e os santificava...de madrugada e oferecia holocaustos...pois dizia: Talvez tenham pecado...” (Jó 1.5).

Jó é um exemplo de pai intercessor. Ele tinha dez filhos, sete homens e três mulheres. Todos eram adultos. Tinham sua independência. Jó era o homem mais rico do Oriente e, ao mesmo tempo, o homem mais piedoso. O próprio Deus disse a seu respeito que não havia ninguém na terra semelhante a ele, homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Esse homem tinha uma agenda intensa. Tinha muitos negócios. Porém, dedicava o melhor do seu tempo para orar pelos filhos.

Jó fazia isso todos os dias pelas madrugadas. Apresentava cada um dos filhos diante de Deus. Jó não apenas falava a Deus sobre seus filhos, mas também falava de Deus para os filhos. Ele os chamava e os santificava. Jó estava preocupado não apenas com a reputação dos filhos, mas com a glória de Deus. Seu temor era que seus filhos pecassem e blasfemassem contra Deus em seu coração.

Oh, como precisamos de pais que oram pelos filhos. Pais que não descansam nem dão a Deus descanso até verem seus filhos salvos e santificados. Os filhos de Jó tinham todos os tesouros da terra, mas isso não era suficiente. Jó compreendia que a maior necessidade deles era das riquezas espirituais. 
E vocês, pais, têm orado por seus filhos? Têm conversado com eles acerca das coisas mais excelentes? 

Extraído do livreto Cada Dia  – 17/05/21

E, completados quarenta anos

 E, completados quarenta anos, apareceu-lhe o anjo do Senhor... dizendo: ...Agora, pois,  vem, e enviar-te-ei ao Egito. Atos 7.30-34

      Muitas vezes o Senhor nos chama de parte por um tempo. Tirando-nos do nosso trabalho, e nos manda ficar quietos e aprender, antes de sairmos outra vez para ministrar. Não há tempo perdido nessas horas de espera.

      Em dias antigos, um cavaleiro em fuga notou que a ferradura de seu cavalo estava precisando de concerto. A prudência parecia impulsioná-lo a prosseguir na carreira, mas a sabedoria recomendava-lhe que parasse por uns momentos numa forja e reparasse a ferradura. Assim, embora ouvisse o galopar dos inimigos no seu encalço, ele parou por uns minutos, até que o casco do animal estivesse em ordem. A seguir, saltando para a sela quando os inimigos já se viam a cem metros, lançou-se dali com rapidez do vento – e viu que sua parada havia apressado a sua fuga.

      Muitas vezes Deus nos manda parar e refazer as forças, antes de prosseguirmos para o próximo passo da jornada e do trabalho. – Days of Heaven upon Earth

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 17/05

domingo, 16 de maio de 2021

Não temas, Daniel

 Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste  o coração a compreender e a humilhar-te perante a teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e por causa das tuas  palavras é que eu vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias. Daniel 10.12,13

      Aprendemos aqui uma grande lição a respeito da oração, quando observamos um impedimento direto de Satanás.

      Daniel havia orado e jejuado durante vinte e um dias, e passou por uma dura prova de fé. À medida que lemos a narrativa, vemos que isto aconteceu, não porque Daniel não fosse um homem bom ou porque seu pedido não fosse justo, mas por causa de um ataque de Satanás.

      No momento em que Daniel começou a orar, o Senhor enviou um mensageiro para dizer-lhe que a sua oração fora respondida; mas um anjo maligno se opôs ao anjo de Deus e lutou contra ele, impedindo-o. Houve um conflito nos ares; e Daniel pareceu atravessar na terra uma agonia semelhante à que estava ocorrendo no Céu.

      “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. (Efésios 6.12).

      Satanás atrasou a resposta por três semanas. Daniel quase sucumbiu, e Satanás ter-se-ia alegrado em matá-lo; mas Deus não nos deixa vir nada além do que possamos suportar (1 Coríntios 10.13).

      Muitas orações dos crentes são impedidas por Satanás; mas não precisamos temer quando isso acontecer; pois depois de algum tempo elas serão como uma inundação, e não só impelirão a resposta, como trarão alguma bênção nova, em acompanhamento. – Sermon

      O inferno ataca aos santos de Deus o quanto pode. Os melhores crentes têm sido provados com as mais altas pressões e temperaturas, mas o Senhor não os desamparará. – W. L. Watkinson  

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 16/05

NUNCA DESISTA DE SEUS FILHOS

 

“Por este menino orava eu; e o Senhor
 me concedeu a petição que eu lhe fizera” (1 Samuel 1.27).

Ana, esposa de Elcana, viveu no período dos juízes. Ela era estéril e durante muito tempo orou, com lágrimas, rogando ao Senhor um filho. Sua rival, Penina, a provocava excessivamente para a irritar. O sacerdote Eli, vendo-a orar, pensou que estivesse bêbada e a tratou como filha de Belial. Seu marido, cansado de vê-la chorando, exortou-a a desistir do sonho de ser mãe, dizendo que ele era melhor do que dez filhos para ela. Ana, porém, perseverou em buscar um milagre e não desistiu de sua causa.

O sacerdote Eli, mesmo depois de tê-la tratado com juízo temerário, mudou seu discurso e a ordenou a voltar em paz para sua casa. Ela creu na promessa, coabitou com seu marido, concebeu e deu à luz a um filho, a quem pôs o nome de Samuel. Ana não só pediu um filho para Deus, mas prometeu consagrá-lo ao Senhor. No tempo certo, ela levou Samuel a Eli e disse-lhe: “Por este menino orava eu, pelo que o trago como devolvido ao Senhor por todos os dias de sua vida”.

Ana não desistiu de seus sonhos. Ela não abriu mão de ter um filho. Seu filho se tornou o maior profeta, o maior sacerdote e o maior juiz de Israel, o homem que trouxe de volta a nação apóstata para a presença de Deus. Nunca desista de seus filhos. Eles podem ser levantados por Deus também em nossa geração. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 16/05/21

sábado, 15 de maio de 2021

Escute seus pais

  

“... toma-me esta, porque 
só desta me agrado” (Juízes 14.3).

Há um ditado popular que diz: “Quem não escuta conselhos, escuta coitado”. Esse ditado aplica-se bem a Sansão. Seu nascimento foi um milagre. Sua vida foi um portento. Sua morte foi uma tragédia. Sansão era um nazireu, consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe. Como tal, Sansão não podia tocar em cadáver, nem beber vinho, nem cortar o cabelo. Foi escolhido por Deus para ser o libertador do seu povo, oprimido pelos midianitas.

A saga de Sansão começa quando ele vê uma moça midianita e se agrada dela. Seu pai o aconselhou a não se envolver com ela, pois fazia parte do povo que oprimia a Israel. Sansão não quis escutar o conselho do pai. No dia do seu casamento, Sansão quebrou dois dos seus juramentos: ele procurou mel na caveira de um leão morto e deu uma festa de arromba, certamente regada a vinho, porque não quis ser diferente dos moços de sua época.

O casamento acabou antes mesmo da lua de mel. Mais tarde, Sansão se envolve com Dalila e, traído por ela, conta-lhe o segredo de sua força. Seus cabelos são cortados, o último voto de consagração foi quebrado e o Espírito de Deus se apartou dele. Ele foi preso, seus olhos foram vazados e o jovem libertador tornou-se cativo. Foi levado para o templo de Dagon, onde morreu. Jovens, escutem seus pais! 

Extraído do livreto Cada Dia  – 15/05/ 21  

Agora não se pode ver o sol

      Agora não se pode ver o sol, que resplandece nos céus. Jó 37.21

      O mundo deve muito de sua beleza às nuvens. Sem elas a terra seria um deserto.

      Na nossa vida também há nuvens, ensombreando-a, refrescando-a e às vezes envolvendo-a em escuridão. Mas não há uma só nuvem que não apresente também um lado favorável. “Eis que ponho meu arco na nuvem” Se pudéssemos ver as nuvens do outro lado, onde elas resplandecem banhadas pela luz que interceptam, esplêndidas como uma cordilheira imensa, ficaríamos maravilhados ante a sua magnificência.

      Nós olhamos a sua face inferior, mas quem descreverá a luz brilhantes que banham os seus pontos elevados, esquadrinha as suas reentrâncias e se reflete em cada um dos seus pináculos? E não está cada uma de suas gotas absorvendo as propriedades salutares que derramará sobre a terra?

      Se pudéssemos olhar de um outro ponto-de-vista todos os nossos sofrimentos e tribulações! Se em vez de contemplá-los, olhando para cima, nós os encarássemos de cima, dos lugares celestiais onde estamos assentados com Cristo; se soubéssemos como eles refletem com grande beleza, ante os céus, a brilhante luz da face de Cristo, então nos alegraríamos de que estivessem lançando a sua sombra sobre a nossa existência. Lembremo-nos apenas que as nuvens estão sempre se movendo e passando sob o vento purificador de Deus. – Selecionado  

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 15/05

sexta-feira, 14 de maio de 2021

PAI BONACHÃO

 


por que honras a teus filhos mais do que a mim... para 
vos engordardes das melhores das ofertas do meu povo?” (1 Samuel 2.29).

Eli foi juiz e sacerdote de Israel por quarenta anos. Exercia liderança política e religiosa. Cuidava dos assuntos civis e espirituais. Seus filhos Hofni e Finéias cresceram na casa de Deus e se tornaram sacerdotes. Porém, os dois, embora casados, viviam uma vida promíscua. Não respeitavam a Deus nem o culto divino. Eram adúlteros e profanos. Acostumaram-se a tal ponto com o sagrado que já não tinham mais qualquer temor a Deus. Apossavam-se, à força, daquilo que não lhes era de direito. Profanaram a casa de Deus. Adulteravam no altar e pervertiam o culto.

Deus alertou o sacerdote Eli por três vezes acerca da conduta inadequada de seus filhos. Porém, Eli não teve pulso para corrigi-los. Tornou-se um pai frouxo, bonachão e conivente com os pecados dos filhos. O juízo de Deus veio sobre a família de Eli e sobre a nação de Israel. Os filisteus vieram contra Israel, a Arca da Aliança foi roubada, os filhos de Eli morreram na batalha.

Eli, já velho e obeso, ao ouvir as más notícias caiu da cadeira e quebrou o pescoço, e a esposa de Hofni, ao ver todas essas tragédias, entrou em trabalho de parto e também morreu. Antes, porém, deu nome ao filho que nasceu de Icabode, “foi-se a glória do Senhor”. Vocês, pais, têm criado seus filhos na disciplina e na admoestação do Senhor?

Extraído do livreto Cada Dia – 14/05/21

Naquele mesmo dia

 

Naquele mesmo dia, como Deus lhe ordenara. Gênesis 17.23

A obediência imediata é o único tipo de obediência que existe: obediência adiada é desobediência. Todas as vezes que Deus nos chama a um dever, está-nos oferecendo uma aliança com Ele; desempenhar o dever é nossa parte, e Ele fará a Sua parte abençoando-nos ricamente.

A única maneira de obedecermos é obedecer “naquele mesmo dia”, como fez Abraão. De fato, nós muitas vezes adiamos o cumprimento de um dever, e então, mais tarde, o desempenhamos tão bem quanto podemos. Bem, é melhor fazer assim do que não fazer. Mas, por melhor que saia, não deixa de ser uma maneira pobre e deficiente de cumprir o dever. Um cumprimento adiado nunca pode trazer a bênção total que Deus pretendia dar-nos e que teríamos recebido, se cumpríssemos o dever mais cedo possível.

É uma pena o dano que causamos pela procrastinação, tanto a nós como a Deus e aos outros. “Naquele mesmo dia” é a maneira de a Bíblia nos dizer: “Faça-o agora” – Messages for the Morning Watch

Lutero dizia que “o verdadeiro crente crucificará a pergunta: ‘Por quê?’ Ele obedecerá sem perguntar”. Eu não quero ser daqueles que, se não virem sinais e prodígios, não crerão. Eu quero obedecer sem questionar.

A obediência é fruto da fé; a paciência é o viço desse fruto”. - Christina Rossetti

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 14/05

quinta-feira, 13 de maio de 2021

FILHOS DEBAIXO DO SANGUE

 

“O sangue vos será por sinal... quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora...” (Êxodo 12.13).

O Egito estava sob o juízo de Deus. Faraó não deixava o povo hebreu sair de suas garras escravagistas. Depois de Deus desbancar as divindades do Egito enviando à terra das pirâmides milenares nove pragas, agora chegara a hora da décima praga, a morte dos primogênitos. O povo hebreu foi orientado a imolar um cordeiro por família e a passar o sangue dele nos batentes das portas.

Quando o anjo do Senhor passou, à noite, ceifando os primogênitos do Egito, ao ver o sangue, passava por cima e ali não aplicava o juízo. Os hebreus foram salvos não por suas virtudes, mas pelo sangue do cordeiro aplicado nas vergas das portas. Esse evento deu início à páscoa judaica que apontava para Cristo e sua morte na cruz. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele morreu em nosso lugar, sofrendo o castigo que nos traz a paz. Ele verteu o seu sangue para que fôssemos resgatados de nossos pecados.

Nenhum pai hebreu ficaria em paz naquela noite do juízo sem ter seus filhos debaixo do sangue do cordeiro. E vocês, pais, têm se empenhado para colocar seus filhos debaixo do sangue de Cristo? A salvação dos filhos não decorre do grau de instrução nem mesmo da igreja que frequentam, mas de estarem debaixo do sangue da nova aliança, o sangue de Cristo. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 13/05/21

Não sabemos

Não sabemos o que havemos de pedir como convém. (Romanos 8.26)

          A maioria dos problemas que nos deixam perplexos em nossa experiência cristã não passa de resposta a orações nossas. Pedimos paciência, e o Pai nos manda aqueles que nos provam ao extremo; pois “a tribulação produz a paciência”.

          Pedimos submissão, e Deus nos manda sofrimentos; pois aprendemos a obediência por aquilo que padecemos.

          Pedimos para tirar de nós o egoísmo, e Deus nos dá oportunidades para nos sacrificarmos, pensando nos outros e dando a vida pelos irmãos.

Oramos pedindo força e humildade, e um mensageiro de Satanás vem afligir-nos até que ficamos prostrados no pó clamando para que ele seja afastado.

          Oramos: “Senhor, aumenta a nossa fé”, e o dinheiro cria asas; ou as crianças ficam doentes; ou nos chega um tipo de prova até agora desconhecido e que requer o exercício da fé numa situação que é nova para nós.

          Oramos para ter a natureza do Cordeiro, e recebemos um quinhão de serviço humilde e insignificante, ou somos prejudicados sem que devamos pedir reparação; pois Ele “como cordeiro foi levado ao matadouro; e... não abriu a sua boca”.

          Buscamos mansidão, eis que surge uma verdadeira tempestade de tentações para levar-nos à aspereza e irritabilidade. Desejamos um espírito quieto, e cada nervo do nosso corpo é esticado até à máxima tensão, a fim de que, olhando para Ele, possamos aprender que quando Ele nos aquieta, ninguém nos pode perturbar.

          Pedimos amor, e Deus nos envia sofrimentos maiores e nos coloca junto a pessoas aparentemente desagradáveis, e deixa-as dizer coisas que nos irritam os nervos e magoam o coração; pois o amor é paciente, é benigno, o amor não se conduz inconvenientemente, não se exaspera. O AMOR TUDO SOFRE, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha. Nós pedimos para ser semelhantes a Jesus, e a resposta é: “Provei-te na fornalha da aflição.” “Estará firme o teu coração? Estarão fortes as tuas mãos?” “Podeis vós...?”

         O caminho para a paz e a vitória é aceitar cada circunstância, cada provação, como sendo diretamente proveniente da mão de um Pai de amor; é viver nos lugares celestiais, acima das nuvens, na presença do Trono, e contemplar, da Glória, o nosso lugar, como escolhido pelo amor divino.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 13/05